Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Cartilha: Heróis Negros do Brasil - Bahia, 1798, A Revolta de Búzius

Cartilha: Heróis Negros do Brasil - Bahia, 1798, A Revolta de Búzius
Governo da Bahia

LINK PARA DOWNLOAD: http://sdrv.ms/UZ4ind

João de Deus, Lucas Dantas, Manoel Faustino e Luis das Virgens foram os heróis e mártires da Revolta dos Búzios,
ocorrida no dia 12 de agosto, há 211 anos, na capital baiana. Os quatro acima citados foram presos entre 12 e 25 de
agosto de 1798 e enforcados na Praça da Piedade no dia 07 de novembro de 1799.

A Revolta dos Búzios, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, Inconfidência/Conjuração Baiana ou Revolta das Argolinhas, é classificada pelos historiadores como um importante movimento emancipacionista de caráter popular. Baseados nos ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade, os revolucionários pregavam a independência do Brasil, ideias republicanas e de direitos iguais para todos os habitantes do país. Na Bahia Colonial viviam milhões de africanos e
seus descendentes, a maioria esmagadora, sem quaisquer direitos humanos respeitados, sem direito a ir e vir livremente, sem liberdade de expressão ou crença, sem direito de reunir-se.

O legado da Revolta dos Búzios, assim como de outras revoltas organizadas e levadas adiante por africanos, negros livres, forros e libertos é, indiscutivelmente, o da liberdade, ainda que na diáspora forçada. A inspiração que nos deixaram é a coragem para lutar mesmo que tudo esteja contra as nossas aspirações. Somos descendentes de revolucionários e não temos o direito de nos esquecer disso. Vivemos sobre um chão em que correu o sangue derramado em revoltas, que, sem dúvida alguma, contribuíram para que o Brasil se libertas se de Portugal. Em nosso país ser negro ou negra também é ter a consciência de que muitos morreram para que se esteja vivo e livre.

O Boletim dos Revolucionários pregava ideias que
nos são caras, mas ainda não conseguimos estender a todos e todas nesse país: dizia um dos panfletos dos revoltosos dos Búzios: “está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade, tempo em que todos seremos irmãos, tempo em que todos seremos iguais”.
Em nome deste legado de coragem e persistência, ao custo da própria vida, é que apresentamos esta proposição que inscreve João de Deus, Lucas Dantas, Manoel Faustino e Luis das Virgens no “Livro dos Heróis da Pátria”.

CONHEÇA OUTROS TÍTULOS PARA DOWNLOAD NO ÁLBUM "Identidade Africana: Acesso a Informação", acesse: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.400244633373021.99039.278535572210595&type=1
 

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 João de Deus, Lucas Dantas, Manoel Faustino e Luis das Virgens foram os heróis e mártires da Revolta dos Búzios,
ocorrida no dia 12 de agosto, há 211 anos, na capital baiana. Os quatro acima citados foram presos entre 12 e 25 de
agosto de 1798 e enforcados na Praça da Piedade no dia 07 de novembro de 1799.

A Revolta dos Búzios, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, Inconfidência/Conjuração Baiana ou Revolta das Argolinhas, é classificada pelos historiadores como um importante movimento emancipacionista de caráter popular. Baseados nos ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade, os revolucionários pregavam a independência do Brasil, ideias republicanas e de direitos iguais para todos os habitantes do país. Na Bahia Colonial viviam milhões de africanos e
seus descendentes, a maioria esmagadora, sem quaisquer direitos humanos respeitados, sem direito a ir e vir livremente, sem liberdade de expressão ou crença, sem direito de reunir-se.

O legado da Revolta dos Búzios, assim como de outras revoltas organizadas e levadas adiante por africanos, negros livres, forros e libertos é, indiscutivelmente, o da liberdade, ainda que na diáspora forçada. A inspiração que nos deixaram é a coragem para lutar mesmo que tudo esteja contra as nossas aspirações. Somos descendentes de revolucionários e não temos o direito de nos esquecer disso. Vivemos sobre um chão em que correu o sangue derramado em revoltas, que, sem dúvida alguma, contribuíram para que o Brasil se libertas se de Portugal. Em nosso país ser negro ou negra também é ter a consciência de que muitos morreram para que se esteja vivo e livre.

O Boletim dos Revolucionários pregava ideias que
nos são caras, mas ainda não conseguimos estender a todos e todas nesse país: dizia um dos panfletos dos revoltosos dos Búzios: “está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade, tempo em que todos seremos irmãos, tempo em que todos seremos iguais”.
Em nome deste legado de coragem e persistência, ao custo da própria vida, é que apresentamos esta proposição que inscreve João de Deus, Lucas Dantas, Manoel Faustino e Luis das Virgens no “Livro dos Heróis da Pátria”.
 
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