Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em SC, catador de lixo salva 3.000 livros descartados por diretor de escola



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Lucas Azevedo

Um catador de material reciclável salvou do lixo cerca de três mil livros didáticos colocados fora pelo diretor de uma escola, em Santa Catarina. Grande parte do material era nova, havia sido distribuída este ano e ainda estava embalada. O MEC (Ministério da Educação) investiga o caso.
Há duas semanas, José Vanderlinde, diretor da Escola de Educação Básica Nereu Ramos, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, ofereceu um material ao reciclador Antônio Osni Monn. A condição para levar os sacos de lixo cheios era que o carregamento fosse feito à noite, retirado da biblioteca da instituição.
“Eu peguei os livros e suspeitei, porque ele mandou ‘enlonar’, não podia ninguém ver.  Se eu vou carregar uma coisa que ninguém pode ver, é porque é uma coisa ilícita”, disse o catador.
Monn levou os sacos para seu galpão e, ao abri-los, se deparou com muitos dos livros didáticos ainda dentro de suas embalagens com o selo do MEC. Boa parte distribuída este ano letivo e sem uso.
O caso acabou nas redes sociais. Ao saber da repercussão, o diretor da escola buscou os livros do galpão do catador. Em sua defesa, ele alega que nenhum dos 900 alunos da escola ficou sem material. Que os livros foram oferecidos e, o que sobrou, foi descartado.
Segundo a gerência regional de Educação na Grande Florianópolis, o diretor tomou uma atitude errada ao descartar os livros, que, por se tratarem de patrimônio público, devem ser usados por pelo menos três anos. Depois disso, podem ser doados para instituições ou vendidos a sebos, sempre com o aval da Secretaria de Educação.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Santa Catarina destacou que o secretário Eduardo Deschamps está diretamente envolvido com a apuração do caso para que ele sirva de exemplo e que não ocorra novamente.
Na tarde desta quarta-feira, a pasta enviou uma nota à reportagem na qual informa que aceitou o pedido de dispensa dos cargos feitos pelo diretor da escola e por dois de seus assessores.
Já o MEC informa que fará uma auditoria na instituição para verificar se mais livros foram descartados.

Fonte: UOL


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A passo de tartaruga

Diretrizes sugeridas pelos parâmetros curriculares há 17 anos apontam para um ensino de ciência exemplar. Porém, as mudanças necessárias ainda não ocorreram na nossa educação, que mantém uma abordagem excessivamente ‘conteudista’.
Por: Vera Rita da Costa
Já faz 17 anos que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram lançados e, cada vez que refaço essa conta, fico admirada com o quanto caminhamos lentamente em nosso país quando o objetivo é promover mudanças significativas na educação. De maneira específica no ensino de ciências, sinto-me até obrigada a mudar o termo usado antes. Pensando bem, nossa lentidão em mudar o ensino de ciências no país é de deixar qualquer um chocado ou, ainda, escandalizado. 
Será que hoje acordei pessimista? Pode ser. Mas se essa é a razão da minha constatação, a causa de fundo talvez esteja na divulgação, na semana passada, de mais um índice sobre nosso ‘analfabetismo’ científico. 
Você deve ter lido aqui na CH On-line. De crianças a adultos, incluindo quem tem nível universitário, quem é gestor público ou trabalha nas áreas de educação e saúde, praticamente ninguém escapa. Por melhor que sejam os índices alcançados, ainda estamos todos muito longe do ‘letramento’ desejável em ciências.
Curiosamente, no entanto, os parâmetros definidos para o ensino de ciências há quase 20 anos não apontavam nem de longe essa direção. Ao contrário, revelavam um futuro animador. Mesmo tendo recebido críticas e ponderações, o que foi proposto naquela oportunidade indicava uma boa direção a seguir.

Olhar para trás

Retomemos o texto original  dos PCNs do ensino fundamental (1ª a 4ª séries): uma das ideias importantes que lá figuram é justamente a de explorar com os alunos as competências ou habilidades que lhes permitam “compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica”.  Alfabetização ou letramento científico, pura e simplesmente.
Também se sugere, como forma de romper com a fragmentação excessiva do ensino, o trabalho por blocos temáticos e a ênfase em conceitos-chave ou estruturantes do pensamento em ciência. 
A ideia era favorecer a integração entre as diversas disciplinas, em substituição à abordagem tradicional, compartimentalizada, das diferentes áreas que compõem as ciências naturais
A ideia era favorecer a integração entre as diversas disciplinas, em substituição à abordagem tradicional, compartimentalizada, das diferentes áreas que compõem as ciências naturais e reintroduzir nas salas de aula o conteúdo de importantes disciplinas, como a física, a astronomia, as geociências e a química, havia muito esquecidas nas séries iniciais.
O foco, no entanto, não deveria estar na mera transmissão de informações, mas no trabalho em torno daqueles conceitos realmente importantes, presentes nas diferentes ciências, e que se revelam, portanto, como integradores nos diversos campos do conhecimento. 
Ou seja, mais do que informações isoladas e descontextualizadas, a ideia expressa nos PCNs para o ensino de ciências nas primeiras séries do ensino fundamental – e que se mantém ainda atual – estava centrada na abordagem de conceitos (como energia, matéria, espaço, tempo, transformação, sistema, equilíbrio, variação, ciclo, fluxo, relação e interação) que permeiam e dão sentido às mais importantes ideias e teorias científicas – e que, por isso mesmo, tornam-se fundamentais para a sua compreensão adequada.
Há nos PCNs, ainda, uma terceira orientação importante a destacar, mas que também espera por ser efetivada em nosso ensino de ciências: a incorporação de atitudes e valores como conteúdo a ser desenvolvido e, de fato, valorizado nessa faixa do ensino. 
Em outras palavras, está lá também a importante noção de que, tanto quanto desenvolver conteúdos conceituais e habilidades cognitivas e procedimentais, é fundamental desenvolver posturas e valores e promover o aprendizado de atitudes características da ciência.
Nunca antes essa dimensão da aprendizagem havia sido destacada de forma tão explícita em nossas propostas curriculares oficiais e, no entanto, essa parece ser a dimensão menos abordada em nosso ensino de ciências.

Valores da ciência

Pensemos por um instante. Quais são os valores e atitudes típicos da ciência que deveriam ser cultivados entre nossos alunos? Quais os valores, atitudes e posturas que deveriam constar como prioridade em nossos planejamentos e em nossas avaliações do processo de ensino e aprendizagem em ciências?
Faça essas perguntas a algum colega professor de ciências (ou a si mesmo) e perceberá: a resposta não se encontra na ponta da língua, como deveria, pois esse não é um assunto que se debata com frequência entre nós. 
Nosso foco de atenção costuma recair nos temas ou conceitos a serem abordados ou, ainda, nas informações a serem transmitidas
Não que não estejamos preocupados com o que ensinar. É que nosso foco de atenção costuma recair nos temas ou conceitos a serem abordados ou, ainda, nas informações a serem transmitidas. Generalizando, somos, como se diz por aí, ‘conteudistas’. Não incorporamos o desenvolvimento das habilidades e, menos ainda, o de valores e atitudes entre nossas preocupações pedagógicas. 
No entanto, valores e atitudes são o centro ou a característica principal dessa atividade que se chama ciência.
O matemático, historiador e divulgador da ciência Jacob Bronowski (1908-1974) escreveu um livro sobre esse tema, Ciência e valores humanos (Itatiaia/Edusp, 1979), no qual defende a ideia de que a ciência não apenas se baseia em valores, mas ajuda a criá-los e a moldá-los. 
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Entre os parâmetros curriculares, destacam-se valores da ciência que devem ser apresentados: curiosidade, atitude proativa, organização, sistematização, rigor, precisão, reflexão e crítica. (foto: Jean Scheijen/ Freeimages)
Para Bronowski, independência, originalidade, discordância, liberdade e tolerância estão entre esses valores que derivam do processo de busca da verdade que caracteriza a ciência e que nos têm sido ensinados por ela desde o Renascimento. A ciência – diz ele – humanizou nosso modo de ser, nossos valores e ensinou-nos, basicamente, o livre pensar, o livre agir e o livre opinar. 
É para se pensar, portanto, se não seria esse o objetivo principal do ensino de ciências.
Mas, talvez, nem precisemos ir tão além. Voltemos aos PCNs. Neles, também se destacam os valores da ciência. A curiosidade está entre eles. Também se encontram a atitude proativa ou a disposição para fazer e conhecer; a organização e sistematização; o rigor e a precisão; a reflexão e a crítica; a atitude cooperativa; o respeito à diversidade de opiniões ou às provas obtidas por meio da investigação e a persistência e o empenho na busca e compreensão das informações e mesmo na consecução de uma tarefa.

Atrasados nas mudanças

Considerando, portanto, a inquietude inicial que motivou esse texto, pergunto: por que estamos tão atrasados nesse processo de mudança? 
Somos todos, mesmo, analfabetos funcionais’ em ciência
É certo que a falta de condições estruturais (salários, infraestrutura, formação adequada, entre outras) pesa nesse fato. Mas, certamente, o atraso não se deve só a isso. Falta também pôr em prática entre nós esses mesmos valores humanos que caracterizam o fazer objetivo da ciência. 
Das mais altas esferas do poder da educação em nosso país à sala de aula e à nossa relação direta com os alunos, ainda somos muito carentes de atitude proativa; organização; sistematização; rigor; precisão; reflexão; crítica; atitude cooperativa; respeito à diversidade de opiniões; persistência e empenho – os valores principais da ciência. 
Nesse sentido, não há mesmo o que duvidar dos resultados em mais essa pesquisa divulgada: somos todos, mesmo, ‘analfabetos funcionais’ em ciência. Nossos rudimentares conhecimentos científicos, sobretudo em termos dos valores e atitudes que caracterizam a ciência, não têm nos permitido ser eficazes e avançar a passos largos e em termos práticos.

Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP
fonte:

"O Veneno Está Na Mesa II": alternativas ao atual modelo agrário



"A bancada do agrotóxico no Congresso é muito forte e tem mais de 160 deputados. Ela barra tudo que seja contra o interesse dos ruralistas, contra o interesse do agronegócio e que combata os agrotóxicos. A ponto deles estarem tentando passar um projeto de lei que transforma o nome de "agrotóxicos" em "produtos químicos sanitários". Você tem um Congresso hoje, que está completamente dominado. Por outro lado, a bancada que defende a reforma agrária e o pequeno agricultor, que é o que coloca a comida na nossa mesa, é composta de mais ou menos 12 deputados", diz Silvio Tendler em entrevista à Caros Amigos sobre o documentário "O Veneno Está na Mesa II".

Leia mais:

http://migre.me/jo6Am

domingo, 17 de agosto de 2014

Educadores tentam resgatar tradição indígena na merenda escolar



Educadores e mulheres das etnias Guarani e Tupi-guarani de aldeias do estado de São Paulo apresentaram nesta semana sugestões sobre a adequação da merenda escolar indígena aos representantes da Funai e das secretarias de educação do município e do estado. Lúcia Andrade, coordenadora da Comissão Pró-Índio de São Paulo, organização que promoveu a roda de conversa sobre alimentação em escolas indígenas, explica que o encontro foi importante para buscar novos caminhos de como superar os entraves e obter uma merenda mais saudável para esses povos. (Foto: Comissão Pró-índio) Reportagem de Anelize Moreira


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Aposte na simplicidade para ser feliz

Há diversas maneiras de ser simples. Encontre a ideal para você e seja feliz!

Autor: Eugenio Mussak - Edição: MdeMulher
Felizmente existe a ideia da simplicidade, e esta é, digamos, simples desde sua origem. A palavra é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único, um só, e plex, que quer dizer dobra. Ser simples significa ter uma só dobra, ao contrário do complexo, que tem várias. Simples! 
Simplificar significa evitar a complexidade e criar uma vida sem mistérios? Há uma diferença fundamental entre ser simples e ser simplório. Os simples resolvem a complexidade, os simplórios a evitam. Eu conheço pessoas sofisticadas, intelectualizadas, que levam uma vida plena, realizam trabalhos difíceis, apreciam leituras profundas e têm hábitos peculiares. E continuam sendo pessoas descomplicadas. Conheço também pessoas simplórias, com pouca profundidade, que realizam trabalhos repetitivos, que têm poucas ambições, que apreciam rotinas e evitam os sustos de uma vida aventurosa. E mesmo assim são pessoas complicadas, para elas tudo é muito difícil, em geral impossível.

Não há um paradoxo em construir uma vida simples em meio à vida moderna, cada vez mais exigente? Hiroshi criou a Ecovila Clareando, uma comunidade autossustentável no interior de São Paulo que atrai gente comprometida com a natureza e com seus valores, como a sustentabilidade, sem a ingenuidade das "sociedades alternativas" de antigamente, mas tendo a simplicidade como filosofia. Ele planta e produz praticamente tudo o que precisa para se alimentar, domina as técnicas de construção ecológica e de produção de energia limpa. Mas não é um isolado, viaja, participa de congressos, dá palestras, toca violão, compõe músicas. E é alegre em tempo integral.

Goldberg é professor da New York University, onde faz pesquisas sobre o cérebro humano, e consegue falar sobre seu funcionamento de maneira compreensível. Escreveu alguns livros, entre eles O Paradoxo da Sabedoria, em que afirma que, apesar do envelhecimento do cérebro, a mente pode manter-se jovem. Seus textos são o melhor exemplo de como se pode simplificar o complexo, pois são sobre neurofisiologia, mas qualquer um entende.

Eu não poderia imaginar vidas mais diferentes e, ao mesmo tempo, mais parecidas. Ambos carregam uma leveza própria das pessoas que decidiram não complicar, sem abrir mão de seus desejos, projetos, pequenos luxos, enfim, da vida normal. Pessoas assim, que fazem a opção da simplicidade, têm alguns traços comuns. Identifico cinco deles:

1. São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas posses, doam o que não vão usar mais.

2. São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não "enrolam" nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.

3. Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.

4. Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.

5. São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.

Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples.

Pois ser simples não é contentar-se apenas com o mínimo para manter-se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira.
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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A neurociência deve ir para a sala de aula



Entrevista do cientista Stanislas Dehaene à Revista Época revela que "A neurociência deve ir para a sala de aula".

Leia em http://pt.slideshare.net/analuciah/a-neurocincia-deve-ir-para-sala-de-aula

Ler é o melhor remédio

Para que os pequenos leiam é preciso que se crie o hábito. Esse é seu papel de educador. Além disso, você pode ajudar os pais a levarem para casa a prática da leitura para que seus filhos se tornem bons leitores e futuros produtores de texto.
Uma pesquisa da Reading is Fundamental (RIF), empresa ligada à loja de departamentos norte-americana Macy’s, mostrou que, dentre mil pais ouvidos, apenas 33% afirmaram ler histórias para os filhos antes de dormir. Já para50%, as crianças preferem mesmo é ficar na frente da TV, brincar no tablet ou com o videogame.
Uma pena, porque ler para os pequenos ajuda muito a desenvolver habilidades que são superimportantes. E a prática de ouvir histórias deve começar desde o feto.
Há crianças, de um ou dois anos, que acostumadas a ouvir o que os cuidadores e pais contam acabam fazendo associações do que escutam com a realidade. Por exemplo, elas são capazes de reconhecer o gato que anda no muro porque ouviram falar do Gato de Botas e puderam apreciar a sua imagem em um livro infantil. A contação de histórias faz, dentre outras coisas, a criatividade dos pequenos ficar mais aguçada. Passam a expressar-se melhor, a desenhar mais, a compartilhar muitas ideias. Ou seja, ouvir histórias, desde pequeno, estimula a imaginação, a curiosidade e o desenvolvimento da linguagem, tanto escrita como oral.
Outro bem que as histórias trazem às crianças é a ampliação das conexões cerebrais que despertam hormônios do prazer e do relaxamento, levando a uma quase meditação. Como assim? Preste atenção nos olhos, no semblante de uma criança enquanto você está contando uma história para ela. As expressões provavelmente vão se intercalar entre a de admiração, a de medo, a de surpresa e a de excitação.
Essas reações estão ligadas às descobertas internas que vão fazendo, de suas emoções. Por meio das histórias, as crianças aprendem mais de si mesmas.
Uma dica legal para você compartilhar com os pais é que, quando os bebês ainda não falam, as histórias podem ser mais curtinhas e leves, para que respeitem a capacidade de entendimento dos pequenos. Depois, a própria criança vai solicitar novos enredos, com mais emoção e “adrenalina”, ou seja, com a presença de personagens do bem e do mal, como monstros, fadas e bruxas.
Saber escolher os livros mais legais a cada faixa etária também é importante. No espaço da creche ou da escolaos momentos na biblioteca precisam ser garantidos para que meninos e meninas manuseiem livremente as publicações e, aos poucos, apropriem-se de informações para o letramento.
A seguir, cinco passos para ajudá-lo a contar histórias e manter a criançada ligada no seu enredo.
1. Escolha histórias que têm tudo a ver com a faixa etária dos pequenos e com a realidade em que vivem.
2. Antes de começar a contação, leia a história sozinho, observando cada passagem, as características dos personagens, os sentimentos e as emoções que eles querem passar.
3. É legal criar um clima, um cenário para esse momento. Se é uma história de fadas, por que não pedir aos pequenos que desenhem castelos, florestas e afins para decorar o ambiente antes da contação?
4. Assuma cada personagem e dê ritmo à história. Se a bruxa está brava e quer fazer maldades, fale firme, use a voz rouca, faça gestos (mas sem exageros) que mostrem o momento tenso da narrativa, por exemplo.
5. Nada de “próximos capítulos”. A meninada, especialmente nessa fase, precisa de começo, meio e fim. Por isso, conte a história inteira. Depois, vale ouvir a opinião das crianças sobre o que ouviram e deixar que recriem o final ou encontrem novas saídas para os conflitos vividos pelos personagens.
Agora que está tudo pronto, é só reunir a turminha. Aproveite para conhecer melhor as crianças, suas reações e ajudá-las a entenderem mais sobre si mesmas e sobre o que as cerca.


http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/ler-e-o-melhor-remedio/