Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dicas de leitura: 204 obras essenciais para ler do ensino infantil ao médio


Conheça as dicas de leitura de 18 educadores. São 204 obras para serem lidas do ensino infantil ao médio. Uma excelente dica aos educadores, pais, amantes e incentivadores da leitura. Veja aí:


http://educarparacrescer.abril.com.br/livros/index.shtml

boa leitura!!!

Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com

Dia do Palhaço!!! Viva!!!

10 DE DEZEMBRO comemoramos o DIA DO PALHAÇO. Abaixo transcrevo um texto escrito por Paulo Kwamme que fala sobre este ser encantador, que faz feliz as crianças de todas as idades.




Aproveito para lembrar de um palhaço amazônico, o Alecrim, que atuou na televisão paraense nas décadas de 70/80, fazendo o maior sucesso com a garotada. Na foto, Alecrim e seu (e)terno parceiro, o grande palhaço Nequinho. Para conhecer mais da história desse palhaço, acesse palhacoalecrim.blogspot.com e boa diversão.


Boa leitura!!!


Joans Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com e palhaço ribeirinho, em comunidades da Amazônia.




Entre os personagens que trabalham no circo, como os domadores, mágicos, trapezistas, acrobatas, dançarinas e equilibristas, o palhaço exerce a principal função. É ele que, com suas palhaçadas, faz o público adulto esquecer os problemas do dia-a-dia. As crianças, principalmente, vão ao circo só para ver o palhaço.
Com sua roupa desengonçada, sempre está com a calça larga caindo, sapato de nadador e cara pintada. Sua cabeleira é estranha e seu nariz é sempre uma pelota vermelha. Dá piruetas por todos os lados; cai, levanta, pula, sobe, desce, anima os espectadores com suas artes e piadas engraçadíssimas.O palhaço é um circense muito competente e indispensável na apresentação de um espetáculo. Na história do circo, muitos palhaços ficaram famosos, como Arrelia, Chique-chique, Pirolito, Carambola, Teco-teco, Pipoca, Pingulin, Bozzo, Carequinha e Picolino. O palhaço representa a alegria, pois está sempre sorrindo. Quando se desenha a figura de um palhaço, é de uma pessoa muito alegre. Sua boca chega perto da orelha. Muitas vezes dá aquela gargalhada, mas... não sabemos como está o seu coração. É o seu trabalho!
Palhaço – Artista de circo, que faz pilhérias e momices para divertir o público; pessoa que, por atos ou palavras, faz os outros rirem.
Circo – grande e antigo recinto para jogos públicos; anfiteatro circular para espetáculos de ginástica, equitação.

Fonte: UFGNet

HOMENAGEM AO PALHAÇO CAREQUINHA
George Savalla Gomes - Artista de circo, cantor e compositor. Sua mãe era trapezista e seu nascimento foi num picadeiro de circo, logo após o espetáculo em que ela sentiu as dores do parto quando se equilibrava no arame. Neto de Savalla, dono do Circo Peruano, no qual começou a trabalhar em 1920, aos cinco anos de idade.
Iniciou a vida artística aos cinco anos de idade, no Circo Peruano, em sua cidade natal. Em 1938 estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa "Picolino", de Barbosa Jr.
Em 1950 passou a trabalhar na recém-inaugurada TV Tupi, formando uma dupla de palhaços com Fred, nome artístico utilizado por Fred Vilar, no programa "Circo do Carequinha", tornando-se pioneiro do circo na televisão brasileira e de programas infantis ao vivo na TV. O programa permaneceu 16 anos no ar.
Em 1957 realizou sua primeira gravação, as marchas "Fanzoca do Rádio", de Miguel Gustavo, que se tornou a marcha mais popular do ano seguinte, e "O Preço da Gripe", de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho. No mesmo ano, gravou aquele que seria seu maior sucesso, a valsa "Alma de Palhaço", de sua autoria e de Fred. Em 1958 gravou, de Altamiro Carrilho, a valsa "Saudade de Papai Noel". No mesmo ano, gravou de Altamiro Carrilho, Miguel Gustavo e Carrapicho, a marcha "As Brabuletas de Brasília" e de Miguel Gustavo, a batucada "Dá Um Jeito, Nonô".
Em 1959 gravou a marcha "Parabéns! Parabéns!", de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, que se tornou um verdadeiro hino dos aniversários infantis; a valsa "Missa do Galo", dele e Mirabeau, e a marcha "Carnaval do J. K.", de motivo popular, com arranjo de Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo, entre outras.
Em 1960 gravou, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, o fox "O Bom Menino", que além de ser um de seus maiores sucessos, tornou-se também um clássico do cancioneiro infantil. No mesmo ano, gravou em parceria com Mirabeau e Jorge Gonçalves, a marcha "Canção das Mães".
Em 1961 gravou a valsa "Canção da Criança", de Francisco Alves e René Bittencourt, que se tornou outro de seus sucessos. No mesmo ano lançou com enorme sucesso o LP "Carequinha no Parque Shangai", com produção de Getúlio Macedo, e com músicas do próprio Getúlio e Hamilton Sbarra, tais como: "Roda Gigante", "Trem Fantasma", "Carroussel", "Bicho da Seda", "Auto-Pista" e "Montanha-Russa". Em 1962 gravou, entre outras composições, "Twist do Cachorrinho", de Nazareth de Paula e Joluz, e "Chicotinho Queimado", dele e Almeidinha.
Em 1963, gravou as marchas "Bloco do Carequinha", de Vicente Amar e Almeidinha e "É... Bebé ?" de Antônio Almeida. Em 1964 gravou as marchas "Vaca Malhada", de Brazinha e Vicente Amar e "Joaquim, Cadê sua Meia?" de José Saccomani, Valdemar e Castrinho. Gravou, entre outros, os LPs "Amiguinho das Crianças", "Baile do Carequinha" e "Carequinha", todos pela Copacabana.
Nos anos 1980, apresentou por quase três anos um programa infantil na TV Manchete, que saiu do ar, sendo substituído pelo programa da Xuxa, que iniciava a sua trajetória artística.
Em 2001, destacou-se no programa Escolinha do Professor Raimundo, na TV Globo, com a música "Ai,ai,ai Carrapato Não Tem Pai".
Considerado um dos mais importantes palhaços de circo do Brasil, comemorou o aniversário de 87 anos em 2002, com uma apresentação no Teatro João Caetano. Em dezembro do mesmo ano, em entrevista a Bóris Casoy, na TV Record, descontraiu o jornalista, levando-o a cantar "O Bom Menino".
Carequinha atravessou várias gerações como ídolo infantil. Apresentou-se para vários presidentes, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, passando pelos generais do governo militar e recebendo condecoração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 2003, ao completar 88 anos, Carequinha foi homenageado por seresteiros em Rio Bonito, e foi recebido por 4 mil crianças na quadra da Escola de Samba Porto da Pedra, em São Gonçalo(RJ), onde mora. Demonstrando saúde e vitalidade, faz shows pelo menos 2 vezes por semana. Em 2005, completou 90 anos. Partiu para apresentar-se em um circo celestial em 2006, após completar 91 anos.
Fonte: ICCA

HOJE É O DIA DE ALEGRIA
Vem à minha cabeça palhaços como Mussum, Zacarias, Didi, Dedé, Bozo, Carequinha e mais uma infinidade de alegres criaturinhas que fazem ou faziam, pois alguns já nos deixaram, dos nossos dias uma alegria.
Hoje é o dia deles e nada melhor do que lembrar que a alegria tem o seu significado através dos personagens da farra e das piruetas – os alegres palhaços do mundo das nossas fantasias. São momentos em que esquecemos os problemas e que conseguimos viver nas cores exageradas e pinturas que marcam suas imagens na retina de todos nós, em qualquer idade.
O palhaço é um abençoado. Deus, em sua criação, viu que faltava a pureza e a beleza e misturou, em sua sábia fórmula, a alegria. Então surgiram essas figurinhas fantásticas. No passado, eram os bufões que alegravam os reis. Atualmente, a magia do picadeiro está entregue àqueles que mandam no nosso humor, dando uma leveza na alegria e o sonho de viver na fantasia.
Sou uma criança adulta que não viu o tempo passar no meio das suas palhaçadas.
Autor: Paulo Kwamme

http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diapalhaco.html

sábado, 10 de dezembro de 2011

Intelectuais se dobraram à alienação do trabalho, diz Marilena Chauí



18/08/2011-12h08
CLAUDIA ANTUNES
DO RIO


Na chamada sociedade da informação, os intelectuais se dobraram à alienação do trabalho: não têm mais controle sobre o que produzem, e sua obra é uma mercadoria que não revela a subjetividade do autor.
O misto de acusação e lamento foi feito pela filósofa Marilena Chauí na noite de quarta-feira (17) no Rio, na terceira conferência da série sobre o "elogio à preguiça" que acontece também em São Paulo e Belo Horizonte. "A maneira pela qual os acadêmicos se renderam à ideia de produtividade, de controle de qualidade e de ranking é um escárnio. É a destruição da vida do pensamento", disse a professora da USP.
Segundo Chauí, nas formas anteriores do capitalismo o intelectual era um "trabalhador improdutivo" porque a ciência e os conhecimentos eram aplicados indiretamente na produção por intermédio da tecnologia.
"Hoje todas as ciências deixaram de ser um conhecimento que passa ao largo do capital para depois serem aplicadas. Elas se tornaram uma força produtiva. É isso que significa a afirmação de que todo poder está na informação. A subordinação do intelectual à lógica do capital se fará com a mesma ferocidade em que ela se fez sobre o proletariado."
Na sua conferência de mais de uma hora para um auditório de 300 lugares lotado, na Academia Brasileira de Letras, Chauí deu uma espécie de aula sobre "O Direito à Preguiça", de Paul Lafargue (1842-1911), publicado em Paris em 1880. O genro de Karl Marx, nascido em Cuba de uma família que misturava mulatos e indígenas caribenhos com um judeu francês, escreveu o livro-panfleto em reação à derrota da Comuna de Paris, em 1871.
Ele questionava por que os trabalhadores haviam aderido ao "dogma do trabalho" assalariado, considerando-o uma conquista revolucionária. Propunha a redução da jornada de 12 para três horas diárias. "Ao apertar o cinto, a classe operária desenvolveu para além do normal o ventre da burguesia", dizia.
No tempo livre, os trabalhadores iriam desfrutar da "boa vida" e perceberiam a "virtude da preguiça". Na sua origem latina, virtude quer dizer força e vigor, disse Chauí. Portanto, a preguiça iria, segundo Lafargue, fortalecer o "espírito" dos trabalhadores.
Já naquela época, o socialista revolucionário apontava a criação de necessidades fictícias de consumo e a produção de supérfluos para garantir a reprodução do sistema, em que a parcela do trabalho não remunerada (a mais valia) garante o lucro.
Numa referência à ofensiva religiosa que se seguiu à derrota da Comuna --na época foi construída a basílica de Sacre Coeur, em Montmartre, e incentivado no campo o culto a santa Bernadete--, ele escreveu o livro como paródia de um sermão, em que até o descanso de Deus no sétimo dia era citado como exemplo do direito ao ócio. "Não é a irreverência de um ateu, mas a crítica ao trabalho assalariado como trabalho alienado", disse Chauí.
Antes de discutir o panfleto de Lafargue, a filósofa fez um breve histórico da visão paradoxal que a tradição ocidental tinha do trabalho até os calvinistas lançaram a máxima de que "mãos desocupadas são a oficina do diabo" --na famosa conjunção entre a "Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" identificada por Max Weber.
No Gênesis da Bíblia, por exemplo, o trabalho é imposto como pena eterna a Adão e Eva, que não mereceram o paraíso. A preguiça, portanto, é um pecado capital. Ao mesmo tempo, a ideia do trabalho como "desonra e degradação" faz com que ele não seja visto como opção de quem tem livre arbítrio.
"Essa ideia aparece nas sociedades escravistas como a grega e a romana, cujos poetas não se cansavam de proclamar o ócio como um valor indispensável para a vida livre e feliz", disse Chauí. A palavra trabalho não existia em grego e em latim, lembrou ela. "Os vocábulos ergon (em grego) e opus (latim) se referem às obras produzidas e não à atividade de produzi-las."
A palavra latina que deu origem a trabalho é "tripalium", um instrumento de tortura. O latim "labor", que originou o inglês "labor", significa esforço penoso. "Não é significativo que em muitas línguas modernas recuperem a maldição divina contra Eva usando a expressão trabalho de parto?", perguntou a professora.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/961616-intelectuais-se-dobraram-a-alienacao-do-trabalho-diz-marilena-chaui.shtml

Professor não é babá e p(r)onto

Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores (Divulgação/Ron Clark Academy)

"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"


O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas
curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e entitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e tambem de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.


http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pais-e-professores

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dia Internacional do Voluntário - 5 de dezembro


Desde 1985 , a Organizações das Nações Unidas instituiu o dia 5 de dezembro como Dia Internacional do Voluntário.

O objetivo da ONU é fazer com que, ao redor do mundo, sejam promovidas ações de voluntariado em todas as esferas da sociedade.
No Brasil, já existem diversas iniciativas em favor do desenvolvimento de práticas de voluntariado.
É fundamental que cada voluntário saiba que, como ele, há milhões de pessoas no mundo dando a sua própria contribuição para o alcance das metas traçadas pelas Nações Unidas. E nós, do Social Umbanda Nova Era, queremos fazer a nossa parte.

O Voluntariado

Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..."
Em recente estudo realizado na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade; doando seu tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional.

Quando nos referimos ao voluntário contemporâneo, engajado, participante e consciente, diferenciamos também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, requerem um determinado tipo de voluntário, e podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária"; existem também ações pontuais, esporádicas, que mobilizam outro perfil de indivíduos.

Ao analisar os motivos que mobilizam em direção ao trabalho voluntário, (descritos com maiores detalhes a seguir), descobrem-se, entre outros, dois componentes fundamentais: o de cunho pessoal, a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática, e o social, a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.

http://www.diadovoluntario.org.br/