Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.

domingo, 27 de julho de 2014

10 vídeos de Aruana Suassuna

Na tarde desta última quarta-feira (23), a literatura brasileira perdeu Ariano Suassuna. O escritor, dramaturgo e poeta faleceu em Recife, aos 87 anos de idade.
Autor de obras marcantes como "Auto da Compadecida", Suassuna também deixou sua marca na internet. Mesmo sem uma presença digital com perfis oficiais, o autor era (e ainda é) figura constante em vídeos do Youtube que mostram um pouco de sua personalidade bem-humorada.

Projeto Freguesia do Livro estimula a leitura no Paraná

Livros em movimento


Descrição 
Recebemos livros em doação e com eles fazemos pontos de leitura como os que você pode ver aqui:
http://freguesiadolivro.wordpress.com/pontos-de-leitura/

1. O que é?
A Freguesia do Livro é um movimento lítero-libertário que dá nova vida aos livros esquecidos em prateleiras e bibliotecas. Arrecada, organiza e encaminha bons livros que são recebidos como doação para bibliotecas comunitárias em Curitiba e região metropolitana (e cidades que conseguimos alcançar).
A Freguesia do Livro também se propõe a colaborar na criação e manutenção de novas pequenas bibliotecas.

2. Como atua?
Recebemos doações de livros em bom estado que são selecionados, classificados e encaminhados para bibliotecas comunitárias cadastradas.
Para receber os livros da Freguesia, para aumentar e/ou renovar acervos de pequenas bibliotecas já existentes ou criar pontos de leitura devem cadastrar-se em nosso site.

3. Quem pode participar? Como?
A Freguesia do Livro é um movimento voluntário, participa quem acredita que divulgar a leitura e facilitar o acesso aos livros pode fazer diferença no desenvolvimento de uma comunidade. Você pode ajudar: sendo ponto de recepção de doações, doando livros, como ponto de leitura (onde ficam disponibilizados os livros) ou biblioteca, recolhendo e distribuindo doações. Escolha o jeito de participar com o qual você mais se identifica.

4. Quais bibliotecas e iniciativas literárias podem receber livros da Freguesia do Livro?
Bibliotecas comunitárias entendidas como iniciativas independentes e informais. Ou seja, locais que possam receber os livros e disponibilizá-los ao público que os frequenta. As bibliotecas livres podem ser colocadas em lugares inusitados como creches, restaurantes, cabeleireiros, farmácias, cafés, terminais de ônibus, igrejas, etc. Bibliotecas livres trazem o conceito do empréstimo sem formalidades: o livro vai, se voltar, voltou. O importante é que depois de lido, ele continue circulando. O objetivo é levar o livro para perto do leitor, criando a oportunidade e despertando o interesse, sem burocracia.

5. Como iniciar uma biblioteca comunitária? Você quer ser um Ponto de Leitura?
Basta querer. Comece preenchendo o cadastro.

6. Como você pode doar livros?
Analise seu acervo e escolha os livros que imagina que serão bem aproveitados por outras pessoas. Entre em contato através de comentários nesta página. Definiremos os Pontos de Coleta onde você pode entregar sua doação.

7. Que tipo de livros recebemos?
Se o leitor pegar firme no livro ele desmancha? As traças o perfuraram tanto que não dá nem pra ver todas as letras de uma frase? O cheiro de mofo requer máscara? Se as respostas forem não, então aceitamos. O critério é: livros em bom estado, pós 1980, que possam ser bem aproveitados por outras pessoas, com conteúdo que vale a pena. Em "Como doar", no site, você encontrará nossos critérios.

Veja reportagem da Freguesia do Livro no G1 Paraná.

Facebook  Freguesia do Livro

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Programas culturais da TV aberta ou fechada ou da internet. Todos disponíveis livremente no Youtube



Compartilho uma lista de programas culturais organicamente vivos que passam nos canais de TV's abertos e/ou fechados e/ou da internet. Todos estão disponíveis de forma livre no Youtube!!! Podem ser vistos, revistos, compartilhados livremente com as pessoas que amamos!

Então aproveite, delicie-se, divirta-se com tanta arte, informação, conhecimento, leituras vivas e culturas ricas e diversas por todas as partes, de norte a sul deste Brasilzão lindo e profundo!

E quem tiver alguma sugestão, envie-nos para circomagicodaleitura@gmail.com

Abraços fraternos,

Jonas Banhos
@jonasbanhos
Facebook Jonas Banhos
http://barcadasletras.blogspot.com.br



Afinando a Lingua

Almanaque Brasil

Amazônia Rural
https://www.youtube.com/watch?v=91JanuSibGg

Amazonsat Educação
https://www.youtube.com/watch?v=DLpkyhpN7no

Brasil Caipira
https://www.youtube.com/user/TVBRASILCAIPIRA

Bem Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=Lks2CGbAi1c
Choro e Companhia

Literato

Letras e Livros

Literatura em Foco
https://www.youtube.com/watch?v=jThLNH9FBBY

Minuto de Cultura

Mar de Letras

Matéria Prima
https://www.youtube.com/watch?v=WOlLYHtjgfI

Movimento Violão
https://www.youtube.com/watch?v=bb5zY8JlyN8

Musicograma

Nordeste Caboclo

https://www.youtube.com/channel/UCoR3U9FqUM-TQnV2pdlxIbw


https://www.youtube.com/watch?v=gRukRZFKRyY

Teatro e Circunstância
https://www.youtube.com/watch?v=WOlLYHtjgfI

Viola Minha Viola

https://www.youtube.com/watch?v=_2Dck26UZT0

Zoombido

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Confira dez documentários que podem ajudar nos estudos

Conheça os os dez documentários no link:
http://educacao.uol.com.br/album/2014/07/14/confira-dez-documentarios-que-podem-ajudar-nos-estudos.htm#fotoNav=1

Abaixo leia uma reportagem sobre um dos documentários indicados:

Diretor argentino alia cinema e ativismo para romper padrões na educação
09/04/2014  -  
Pedro Ribeiro Nogueira
:

Germán Doin era um bom aluno de um colégio de classe média em Buenos Aires. Auto-declarado “vítima da educação neoliberal da década de 90”, viu seu país entrar em ebulição com os panelaços e com as frequentes crises econômicas. Aos 16, ouviu falar de uma escola sem provas. Com a sensibilidade formada nesse caldo, resolveu estudar cinema e educação. Aliando todos esses elementos, resolveu, aos 21 anos, partir em viagem pela América Latina. Levou três anos para se completar.
“Talvez esse momento dos panelaços não estivesse tão carregado desse sentimento de transformação. Mas nós terminamos de completá-lo. Era o que dava sentido à minha vida. Minha família me deu uma formação transcendental, espiritual. Meus pais passaram pela ditadura. Meu avô teve uma formação mais militante. Mas, no geral, sou filho de uma classe média que não se questionava demais, uma geração que consome muitos livros de autoajuda, como se procurasse algo de jogo, de autoconhecimento, que lhes roubaram em algum momento de suas vidas. A ditadura, a escola, lhes deixaram incompletos. Queremos uma educação que forme sujeitos integrais, empenhados em transformações.”
O resultado dessa empreitada é um filme que você talvez já tenha visto. Caso contrário, não hesite em ver. “A Educação Proibida” (disponível na íntegra com legendas em português aqui) é um longa com pouco mais de duas horas de duração, que destrincha de forma didática os mecanismos que constituíram o que hoje entendemos por educação e escola, partindo de experiências exitosas e depoimentos de especialistas. Além disso, consegue fazer com que o espectador analise o seu próprio processo educativo. Uma obra compartilhada já por mais de dez milhões de pessoas.
Coerência com o processo
Em sua viagem, Germán conheceu mais de cem experiências e propostas educativas alternativas que, ao admitir a possibilidade da dúvida, começam a traçar caminhos para um mundo diferente. Após a pesquisa, passou a agregar contribuições de amigos e estabelecer parcerias. Trouxe sua companheira e colegas para a equipe do filme. Abriu o projeto para financiamento colaborativo em uma plataforma própria, pois ainda não existiam sites para isso. Em pouco tempo, “A Educação Proibida” tornou-se o primeiro filme feito na América do Sul por meio do crowdfunding.
“Queríamos ser coerentes com o que contamos no filme. Uma das chaves escondidas da educação é algo que decidimos fazer, ou seja, soltar o volante, não controlar a criança, o currículo, o processo educativo. Tentamos fazer isso com o filme, jogando ele no mundo, o que é um processo difícil, pois há mostras de cinema e isso parece importante. Mas, desse jeito, conseguimos fazer as projeções nas salas de casa, de cinema alternativo, escolas, teatros, e estreamos em 150 salas do mundo, sete países. É algo impressionante que essa obra tome asas e ganhe o mundo, gerando reflexão. E ele foi feito quase artesanalmente, em uma garagem.”
Dois “filhos” e uma filha
Sem ter ganhado nenhum prêmio, apenas o mundo, Germán vê seu filme como uma emanação das experiências militantes argentinas da década de 60, pensado para ganhar espaços de formação política, de organização e luta. No entanto, há uma diferença fundamental: a internet. Através dela, o cineasta conseguiu dar sequência ao projeto e criou a rede Reevo (Rede de Educação Viva), na qual voluntários de todo o mundo acrescentam iniciativas de educação inovadoras, se conhecem, trocam informações, além de ampliar a rede. que já conta com mais de 1.500 experiências. “A tecnologia é política”, lembra Doin. “Ela pode reproduzir o mesmo currículo oculto da educação tradicional. Temos que encontrar formas de usá-la para o que é humano”.
Aos trinta dias da estreia da película nasceu Ami, primeira filha de Germán, um acontecimento para provar de vez a indissociabilidade entre o que propõe em seu filme e sua vida pessoal. Ele relata que o nascimento da primogênita o fez ir à terra, ter raízes claras e decidir não escalar a montanha de exposição do vídeo. Recusou convites para aparecer na televisão, “pois ela te consome”, e resolveu seguir “sempre dançando conforme a música”.
“Ser educador ou pai são as únicas profissões que não demoram quatro anos para aprender na faculdade: aprendemos desde cedo a educar uns aos outros. E isso leva tempo. Vi que não temos respostas ou verdade, mas o importante é saber mudar de ideia. O que faz sentido hoje pode não fazer amanhã. Não importa se a educação dela vai ser alternativa, ou em comunidade de aprendizagem, ou em casa. O crucial é que ela tenha uma vida rica, cheia de afeto, cuidado e vínculos. Que conheça os pais pelo que são.”
Mas, afinal, o que é a educação proibida?
Para o cineasta, educador, pai e ativista, ela é algo que atende ao que há de intrinsecamente humano, natural e abre possibilidades. Se afasta da escola-prisão, do tédio, da caricatura, do depósito de gente, do adestramento. Se inspira no modelo ateniense – do debate aberto – antes do espartano. Ensina o que está no território e não no mapa. Uma educação que sempre foi proibida de se desenvolver.
Nas centenas de escolas visitadas, Germán encontrou um elemento comum de uma educação latino-americana: o valor humano, da terra e da relação entre si e com o mundo. Conhecer a nós mesmos, nesse caso, passaria por conhecer o que nos rodeia, o que nos nutre: nossas culturas, raízes, um autoconhecimento no sentido freiriano, de trabalhar a partir do que trazemos e não com o que nos impõem.
Para isso, ele acredita que há espaço para autonomia nas atuais leis de educação dos países de nosso continente. Seria necessário, então, reinterpretá-las e aprofundá-las em direção a uma educação integral, democrática, comunitária, trabalhando da base, com formação de professores, até à formulação de políticas públicas. Buscar algo que seja “nosso” e ser protagonista desse processo.
“A educação latinoamericana tem que ser antes que tudo pensada por e para os latino- americanos, reconhecendo nossa difícil unidade. Mais do que isso não se pode dizer, pois implica reproduzir as relações de opressão e colonialismo que sempre nos interromperam. Nosso projeto foi interrompido, truncado por ditaduras, metrópoles e regimes. Temos que refazê-lo, para que não o refaçam por nós.”
fonte:
http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/04/09/diretor-argentino-alia-cinema-e-ativismo-para-romper-padroes-na-educacao/

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Quanto custa eleger um candidato na base da desonestidade, da troca de favores?

O Fantástico mostra um retrato contundente da corrupção no Brasil, nas palavras de especialistas. Gente que conhece por dentro as tramoias da política.
Guarde bem este nome: Cândido Peçanha. Um deputado eleito democraticamente que faz tudo pelo poder. “A compra do voto no dia da eleição sai a R$50, o voto”, afirma.
Não tem honra. “Político não tem remorso. Político tem conta bancária”, destaca.
Não sabe o que é ter escrúpulos. “Existem várias formas de desviar dinheiro público”, revela.
Você saberá tudo sobre esse político. Só não vai conseguir ver o rosto, porque Cândido Peçanha não existe na figura de uma pessoa só. Cândido Peçanha é um personagem criado pelo juiz de direito Marlon Reis para o livro "O Nobre Deputado".
“É a representação de parlamentares que existem, que ocupam grande parte das cadeiras parlamentares do Brasil e que precisam deixar de existir”, afirma Marlon Reis, juiz de direito.
Para criar o personagem, o juiz Marlon Reis ouviu histórias reais de mais de 100 pessoas que transitam no mundo político. Entre elas, um ex-deputado federal que vai se candidatar novamente nessas eleições.
“Não precisa fazer muita coisa para ter o voto porque a população não tem força nem segurança para contestar nada”, destaca o ex-deputado.
E dois assessores parlamentares, que o Fantástico ouviu com exclusividade.
Assessor: Durante muito tempo fui militante político, desde cabo eleitoral, assessor, faz tudo.
Fantástico: E fazer tudo era também intermediar algumas coisas, a pedido dos políticos, desonestas?
Assessor: Quando necessário.
Eles revelam o ‘bê-a-bá’ da corrupção. Tudo com garantia do anonimato.
Fantástico: O senhor decidiu denunciar por quê?
Assessor: Veja bem, se você for no interior, muitas crianças passando fome, casas de taipa, estradas sem asfalto. Isso indigna a gente. Sempre tive consciência disso. Só não podia denunciar. Quem denuncia, morre. Nego mata aí brincando.
Com base nesses depoimentos, o juiz, que foi um dos principais defensores da “Lei da Ficha Limpa”, conseguiu descobrir como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política brasileira.
Tudo começa na eleição. E para ganhá-la é preciso ter dinheiro. Muito dinheiro.
“Para ser eleito é preciso pagar, comprar apoio político, e que é essa a base dos gastos de campanha”, afirma Marlon Reis.
Uma gastança que faz do Brasil um recordista mundial: proporcionalmente à riqueza do país, aqui são feitas as campanhas mais caras do planeta.
Nas últimas eleições, em 2012, os gastos ultrapassaram R$ 4,5 bilhões. E tem mais: das cinco maiores doadoras de campanha, três são empreiteiras. Mas também há quem levante dinheiro por baixo dos panos.
“Todos os entrevistados mencionavam sempre que é a agiotagem. O uso da agiotagem como fundo de dinheiro para política, que me surpreendeu”, ressalta o juiz.
Isso significa que candidatos - como o “Cândido Peçanha” - recorrem até a empréstimos ilegais. O pior é que tudo terá que ser pago depois da posse.
Assessor: Ele entra no mandato endividado. Ele precisa do dinheiro.
Fantástico: Mas como ele faz para pegar esse dinheiro e jogar na mão do agiota sem ser notada a falta do dinheiro no cofre?
Assessor: Existem várias maneiras de fazer isso.
Segundo o assessor, um dos alvos é o dinheiro para a educação.
Assessor: O cara saca o dinheiro e entrega para ele. Normal.
Fantástico: Mas não teria que sacar e comprovar onde gastou?
Assessor: Para quem?
Fantástico: Para a Câmara dos Vereadores.
Assessor: Como assim, se os vereadores são cúmplices?
Fantástico: Ou, se for o governador, para a Assembleia Legislativa.
Assessor: Que também é cúmplice.
Fantástico: Mas tem o Tribunal de Contas do Estado.
Assessor: Que também é cúmplice.
Fantástico: O senhor quer dizer que todos são envolvidos?
Assessor: Cúmplices. Todos são. É uma máfia.
Para as empreiteiras, são criadas licitações fraudulentas, obras superfaturadas.
"As empresas, elas não doam. Elas antecipam um dinheiro que será depois obtido e multiplicado por muitas vezes através de contratos dirigidos e direcionados", explica Reis.
Um estudo do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) revelou quanto as 10 maiores doadoras de campanha no Brasil em 2010 lucraram nos dois anos seguintes em contratos com o governo eleito: um valor 20 vezes maior do que foi doado.
“Uma relação de causa e efeito entre o ato de doar e o que pode vir depois, contratos com poder público”, diz Carlos Velloso, ex-presidente do TSE.
Com os agiotas o retorno é mais direto e danoso.
"Aparenta uma doação mas, na verdade, é um empréstimo que será pago a duras penas pela sociedade. Incrível o que eles relatam: 10% a 20% ao mês de juros", detalha Reis.
“O agiota recebe o cheque da conta pública. É um sistema perverso, quem paga é a população, não é o prefeito”, afirma o assessor.
Os moradores de São Pedro da Água Branca, no sul do Maranhão, sentem na pele os efeitos da falcatrua.
“No momento, aqui tá faltando um bocado de coisa. Tá faltando a merenda dos meninos que estão cobrando de nós e não temos”, conta Francisca Isaura Araujo, zeladora de uma escola.
Um levantamento feito por cinco escolas do município de São Pedro da Água Branca revelou que em 2008 houve a maior evasão escolar do estado do Maranhão. Naquele ano de eleições municipais, 35% das crianças abandonaram as salas de aula porque não tinham o que comer na hora do recreio. Ou seja: um terço dos alunos simplesmente deixou de estudar. De acordo com a denúncia do Ministério Público, acatada pela Justiça, o dinheiro que era da merenda escolar, que deveria ser gasto nas cantinas das escolas, foi usado para comprar votos.
“As investigações conseguiram demonstrar que foram feitas diversas transferências bancárias com recursos públicos para conta da campanha”, ressalta a promotora Raquel Chaves Duarte.
O Fantástico foi atrás do ex-prefeito Idelzio Oliveira, o Juca, mas não o encontrou. Ele também não foi encontrado pelo oficial de Justiça que há duas semanas tenta informá-lo da condenação: nove anos e seis meses de cadeia.
“Tem vez que passa semana aqui sem merenda”, revela o estudante Emerson Conceição.
“A gente não estuda direito com fome”, afirma o estudante Artur Coelho.
Como a despesa costuma ser grande, depois de eleito o Cândido Peçanha já pensa nos gastos da próxima eleição.
Fantástico: O que custaria uma reeleição de deputado federal?
Assessor: Acima de R$ 5 milhões.
Uma fortuna que ele começa a levantar com antecedência. Segundo o juiz Marlon Reis, a maior parte do dinheiro desviado sai de emendas parlamentares. É como deputados e vereadores destinam parte do orçamento público para obras indicadas por eles.
"Eles vinculam a destinação da emenda à retenção de uma importante parcela do valor daquela emenda. Uma porcentagem que, segundo todas as minhas fontes, é de no mínimo 20%. E que pode chegar a parcelas bem maiores de 30% e até 50%", explica Reis.
Assessor: Os deputados que eu conheço, todos pegam retorno das suas emendas. Se ele põe R$ 1 milhão, na faixa de uns R$ 300 mil fica para a campanha do deputado.
Segundo o autor do livro, mesmo depois de desfalcada pela parte que vai pro bolso do parlamentar, a verba ainda sofre outras perdas.
"O desvio é feito de duas formas. Uma: o superfaturamento da obra que é apresentada um valor maior do que realmente deveria ter. Ou então com a execução da obra em padrão distinto daquele tecnicamente definido. Além de superfaturar, ainda se constrói abaixo dos requisitos técnicos", observa Reis.
“Muitas vezes isso é disfarçado de obras que parecem legítimas, sem que saibamos como a obra foi feita. Possivelmente com irregularidade e falhas técnicas”, ressalta o procurador geral eleitoral de Santa Catarina André Bertuol.
A rua Angelo Vanelli virou o principal endereço do esquema de corrupção descoberto em Blumenau. Um símbolo da troca de obras de ocasião por votos. A rua foi asfaltada às vésperas da última eleição municipal, sem qualquer planejamento. O asfalto foi literalmente jogado. Uma camada tão fininha que dá até para tirar com a mão. Não resistiu às primeiras chuvas. Foi essa rua que abriu caminho para a investigação do Ministério Público, que levou à cassação de cinco vereadores, um quinto da Câmara Municipal.
O único dos cinco vereadores cassados que o Fantástico conseguiu encontrar estava trabalhando. O ex-vereador Celio Dias voltou a ser guarda municipal, ironicamente um “agente da lei”.
“Acordo de manhã cedo, vou dormir com a cabeça muito tranquila porque sei que não fiz nada de errado e que sou um injustiçado nesse processo”, conta Celio Dias, ex-vereador e guarda municipal.
Quem pode julgar o discurso dos políticos e comparar com a realidade é o eleitor.
“Muitas vezes, o sujeito está reclamando de certos políticos aí, seja no Congresso, seja no Executivo, e eu costumo dizer: ‘Mas ele não está lá de graça não. Fomos nós que os colocamos lá’”, revela Carlos Velloso.
O ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral orienta: “Eleitor, examine a vida pregressa do seu candidato. Tem gente honesta, sim, aí. Agora, tem os aproveitadores. Exatamente esses é que precisam ser banidos da vida pública”.
Aproveitadores como Cândido Peçanha, que graças ao voto consciente pode um dia se tornar apenas um personagem de um livro de ficção.

fonte:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/06/assessores-e-ex-deputado-revelam-como-funciona-esquema-de-corrupcao.html

terça-feira, 3 de junho de 2014

5 sites com recursos para professores

Olá professores!
Se você é professores pode usar a tecnologia para melhorar o ritmo de absorção de conhecimentos em suas aulas. Selecionamos 5 sites que ganharam muita atenção durante os últimos meses, sendo úteis para encontrar, criar e agrupar informação que possam ser usadas na preparação de aulas.
1 - Educlipper:
O Pinterest para professores que permite seguir os usuários, criar painéis temáticos e agrupar links de qualquer tipo, usando extensões para o navegador que ajudam a armazenar bons conteúdos.
2 – Scoop.it:
Não foi pensado no início para ser uma ferramenta de uso acadêmico, porém, foi muito bem recebido por professores de todo o mundo que usam esta plataforma para salvar e compartilhar links, ajudando a recopiar informação sobre diversos temas e mostrá-la de forma agradável.
3 – Easel.ly:
Para criar infográficos adicionando o conteúdo que queremos compartilhar. Tem mais de 300.000 trabalhos já publicados e a comunidade de professores o está utilizando muito para resumir temas de forma gráfica, assim como para incentivar os alunos para criar posters que ilustrem assuntos tratados na aula.
4 – Myhistro.com:
Para criar linhas do tempo interativas, o que está sendo muito usado nas aulas de história. Podemos combinar mapas, textos, fotografias e vídeos para representar com detalhe qualquer momento de nosso passado.
5 – Flipsnack.com:
Uma ferramenta que ajuda a criar revistas digitais de forma simples. Podemos usá-la em grupo e inclui preços especiais para instituições educacionais e profissionais de educação.
fonte:
http://canaldoensino.com.br/blog/5-sites-com-recursos-para-professores

segunda-feira, 12 de maio de 2014

4 sites para baixar livros de graça!


Pessoal, olha que super dica para quem gosta de ler! 4 sites onde você pode baixar gratuitamente milhares de livros!

PROJETO GUTENBERG: http://www.gutenberg.org/

BIBLIOTECA DIGITAL CAMÕES: http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes.html

PORTAL COMÍNIO PÚBLICO: http://www.dominiopublico.gov.br/

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL:http://www.wdl.org/pt/