Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Personalidades Negras



Neste espaço, você encontrará informações sobre algumas das personalidades negras que marcaram a história do Brasil e do mundo. É, portanto, um espaço inacabado e que estará em contínua construção, porque a luta em favor da cultura negra e contra o racismo produziu e irá produzir, por tempo indeterminado, um grande número de lideranças que precisarão ser resgatadas. Veja, abaixo, a listagem de algumas delas e contribua para o enriquecimento desta seção, enviando sugestões ao Fale conosco.
Zumbi dos Palmares
Leia mais >>
      
 
Mãe Menininha

Leia mais >>
 
Juliano Moreira

Lima Barreto

João Cândido (Almirante Negro)

Antonieta de Barros

Martin Luther King

Mãe Aninha

Carolina de Jesus

Livro reúne textos sobre temática africana e analisa a sociedade brasileira contemporânea


Por Denise Porfírio 
Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade brasileira para as formas de preconceito e discriminação e seus efeitos sobre as relações políticas e sociais, Sueli Carneiro, filósofa e fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, produziu Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. A obra traz uma abordagem crítica dos comportamentos humanos e propõe alternativas de superação da intolerância ao outro. 
No próximo dia 12, às 19 horas, haverá noite de autógrafos, promovida pela editora Selo Negro Edições e a Livraria Martins Fontes. Composto por uma coletânea de textos, o livro apresenta os principais avanços na superação das desigualdades criadas pela prática da discriminação racial – indicadores sociais, mercado de trabalho, consciência negra, cotas e outros. 
Sobre educação, Sueli registra a recente conquista da obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas públicas do País. A obra destaca também o debate contemporâneo sobre miscigenação racial no Brasil, racismo no universo infantil e o combate ao racismo no trabalho. Fundamental para educadores, pesquisadores, militantes e estudantes de todos os níveis de ensino, o volume faz parte da Coleção Consciência em Debate. 
INTERESSE PÚBLICO – Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil foi organizado a partir da sistematização de uma série de artigos publicados na imprensa brasileira que convidam o público a refletir sobre o incremento de ações violentamente discriminatórias, abrindo caminho para o debate sobre direitos humanos e as limitações da democracia brasileira. 
Um das perspectivas levantadas na importante publicação diz respeito à idéia distorcida de parte do imaginário social brasileiro, de que determinados seres humanos são mais ou menos humanos do que outros, levando ao caminho perversamente estruturante da naturalização da desigualdade de direitos. 
RESPEITO – Segundo a escritora, as identidades estruturadas a partir de etnias, gênero, orientação sexual ou religiões ainda não são devidamente respeitadas, tornando o ambiente social totalmente corrompido. “O racismo é uma ideologia que não penaliza apenas sua vítima, ela faz com que o racista também seja um ser humano menor, não seja um ser humano completo, por ser incapaz de aceitar a diversidade”, ressalta. 
Sueli Carneiro acredita na força e no trabalho das organizações que lutam pelo cumprimento de políticas públicas voltadas para a eliminação de atos de intolerância praticados contra descendentes de africanos e outros grupamentos socialmente vulneráveis. Ela recorre à legalidade dos poderes governamentais para defender a punição desses atos, que se contrapõem à legítima demanda dos afro-descendentes. 
Para ler as primeiras páginas do livro, acesse o endereço:

SERVIÇO

O quê: noite de autógrafos
Onde: Livraria Martins Fontes
Endereço:
Título:
 Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil – Coleção Consciência em Debate
Autora: Sueli Carneiro
Editora: Selo Negro Edições
Preço: R$ 22,00
Páginas: 192 (12,5 x 17,5)
Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890  
______________________Criação: Daniel Cabral___________________________________________________________________
2011 foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Unicamp lança portal desenvolvido para hospedar conteúdos educativos

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançou no dia 25 o OpenCourseWare (OCW) Unicamp, portal desenvolvido para hospedar conteúdos das disciplinas dos cursos de graduação em formato digital, originários de disciplinas de cursos de graduação da universidade.

O objetivo da iniciativa é disponibilizar para a sociedade, de forma gratuita, materiais como textos, fotos, animações, apostilas e vídeos. O serviço já conta com 12 disciplinas de diferentes áreas do conhecimento.

“Para a Unicamp, é muito importante tornar esses conteúdos acessíveis à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. Temos convicção de que cada vez mais professores se interessarão pelo uso dessa ferramenta”, disse o reitor Fernando Ferreira Costa.

A Unicamp é a primeira universidade pública do Brasil a contar com o OCW. A criação do portal começou a ser formatada há pouco mais de dois anos, por meio de um acordo com a Universia Brasil. Na oportunidade, o objetivo era lançar a ferramenta com dez disciplinas disponíveis.

“Assim que a atual administração assumiu, demos impulso ao projeto. Não foi uma tarefa trivial criar uma plataforma que contasse com recursos de edição simples e que observasse questões importantes como o respeito ao direito autoral”, disse Marcelo Knobel, pró-reitor de Graduação.

O trabalho de concepção da ferramenta ficou a cargo da Pró-Reitoria de Graduação, em conjunto com o Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE).

O acesso aos dados disponíveis poderá ser realizado de forma livre e sem custo. Não haverá necessidade de inscrição ou do cumprimento de outras formalidades. Entretanto, o usuário terá que estar de acordo com as condições previstas nos termos de Uso do serviço.

“No momento da publicação, o GGTE confere com o docente se os direitos autorais relativos aos materiais que compõem a aula foram observados. Se houver alguma dúvida, nós adiamos a publicação até que esse ponto seja devidamente esclarecido”, explicou o coordenador do grupo, José Armando Valente.

“Essa ferramenta certamente mexerá com uma série de situações, inclusive com métodos pedagógicos. O desafio que fica aos professores é fazer com que os conteúdos de suas aulas também possam ser aprendidos a distância”, disse Ricardo Fasti, diretor-geral da Universia Brasil.

A estrutura do OpenCourseWare Unicamp segue uma tendência mundial que possibilita ampliar a relação institucional com a comunidade, a exemplo do que ocorre no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, por meio do projeto MIT OpenCourseWare.

(Agência Fapesp)
http://aprendiz.uol.com.br/content/guslecheke.mmp

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mino Carta desanca a mídia golpista

Google lança site para auxiliar estudos sobre o corpo humano

Google lança site para auxiliar estudos sobre o corpo humano

Com ajuda de programas e aplicativos, é possível fazer um passeio completo por dentro do corpo humano. Isso por que um escritório de pesquisa da Google, nos Estados Unidos, está desenvolvendo recursos para conhecer o corpo humano pela Internet.

O aplicativo utiliza tecnologia semelhante a do Google Maps para mostrar imagens o corpo humano, em ângulos que raramente os internautas teriam a oportunidade de ver. Imagens detalhadas de células poderão ser ampliadas, por exemplo, e compartilhadas.

O objetivo do projeto é esclarecer os pacientes sobre suas doenças, bem como ensinar ciências e anatomia de forma mais ilustrativa aos estudantes. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis na internet.

Paralelo a divulgação do projeto, acontece nesta quinta-feira (31/3), na universidade de Harvard (EUA), um seminário sobre tecnologia. O evento reúne especialistas de diversas partes do mundo para discutir inovações na área. A partir das 13h, é possível participar gratuitamente, basta acessar olink e, durante três dias, será possível acompanhar o encontro.

Para ouvir o Capital Humano, clique aqui.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Crianças inglesas unem high-tech e tradição no recreio

28-MAR-2011

FOLHA DE S. PAULO

O recreio das crianças inglesas não é só a hora de encontrar os colegas da escola. É também quando jogos tradicionais e ícones da era digital se encontram entre uma brincadeira e outra.
É o que apontou o estudo "Children"s Playground Games and Songs in the New Media Age" (brincadeiras e cantigas infantis na nova era da mídia), lançado neste mês (www.bl.uk/playtimes).
Desenvolvido pelas universidades de Londres, Sheffield e East London com a British Library, o projeto acompanhou, entre 2009 e 2011, o comportamento de alunos no recreio em duas escolas do ensino fundamental.
"Jogos e cantigas continuam passando de geração em geração. Descobrimos, no entanto, que a mídia e as novas tecnologias têm influência crescente", afirma Jackie Marsh, da Universidade de Sheffield.
A pesquisa apontou que as crianças acabam incorporando elementos da TV, da internet e dos videogames em suas brincadeiras.
Assim, personagens de desenhos animados viram protagonistas no pega-pega e os programas de auditório são reproduzidos nos jogos de faz de conta, por exemplo.
Segundo Marsh, o mais surpreendente é que a escola é "o único momento em que muitas crianças têm contato com brincadeiras e jogos tradicionais".
(GR)


Encontre cursos, aulas e professores em qualquer cidade do mundo


Está procurando por algum curso, aula ou professor na sua cidade? O site School of Everything vai ajudá-lo a encontrar o que quer que você esteja buscando, na área de educação. É possível se cadastrar como professor, organização ou membro comum (aluno) e trocar contatos com quem ofereça o que você procura.

divulgação
School of Everything
Por meio do site, os visitantes podem encontrar professores e aulas em qualquer cidade do mundo todo. Basta fazer o cadastro, procurar a disciplina ou curso desejado e entrar no perfil de quem a está oferecendo. Ali você tem acesso a informações sobre o currículo e a formação do professor ou sobre o histórico da instituição de ensino.
Apesar de o School of Everything ser uma plataforma da web, seu objetivo final é o agendamento de aulas presenciais. Para que os usuários possam combinar esses encontros com o máximo de segurança, o site sugere uma série de precauções. Depois de considerar todos os cuidados necessários, basta seguir o passo a passo e aproveitar ao máximo todas as aulas e cursos que desejar.


Um voo virtual sobre os lugares mais incríveis do mundo


Imagine fazer um passeio aéreo por lugares como Dubai, Las Vegas e Rio de Janeiro sem gastar um centavo e sem sair de casa. Essa é a proposta do site AirPano, criado por entusiastas de fotos panorâmicas. O grupo russo decidiu se dedicar a tirar fotos aéreas em 360° dos lugares e cidades mais interessantes do globo.

Cataratas do Iguaçu no AirPano
Atualmente já são mais de 30 “passeios” disponíveis e nos próximos anos o projeto deve ser ampliado. Já estão entre a lista dos fotografados o Rio de Janeiro, Sidney, Las Vegas, Cape Town e Jerusalém, entre outros. As próximas localidades a serem clicadas devem ser Saint Petesburg, Chicago e o vulcão Eyjafjallajökull.
Como funciona?
Ao acessar a página o visitante escolhe numa lista, organizada por ordem alfabética, a cidade que deseja “sobrevoar”. Abre-se então uma nova janela com a visão aérea de um ponto representativo daquele lugar e é possível ainda aproximar, afastar, olhar para cima, para baixo e para todos os lados, como num vôo livre.
O grande diferencial do conteúdo oferecido pelo site é justamente a liberdade do olhar permitida pelo giro de 360°. Em alguns lugares como Nova York, por exemplo, o vôo de helicóptero pode ser realizado em diferentes bairros ou monumentos. À bordo do AirPano é possível ver de perto a Estátua da Liberdade, o Empire State Buiding e até o Cristo Redentor.

Lançado livro Inclusão Digital – Vivências Brasileiras, de Maurício Falavigna

Adotar o discurso e colocá-lo em prática é um dos nossos compromissos. Dessa forma, disponibilizamos para você, leitor, o livro Inclusão Digital – Vivências Brasileiras, de Maurício Falavigna. Na obra em questão nos são apresentadas, de uma forma leve e bastante elucidativa, a evolução das Oficinas para Inclusão Digital, o processo de implantação dos CRC’s – Centros de Recondicionamento de Computadores e a construção do ONID – Observatório Nacional de Inclusão Digital, culminando na criação do Programa TELECENTROS.BR, política pública de apoio ao tema.

A obra, enquadrada na Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, teve o patrocínio do Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social e foi executada pelo IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos.

Acesse, baixe e indique para sua rede de contatos.

Viva o conhecimento livre!

Boa leitura.

Equipe IPSO

domingo, 27 de março de 2011

Dia do Circo - 27 de março

Dia do Circo
Comemora-se o Dia do Circo em 27 de março, numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
Considerado por todos que o assistiram como um grande palhaço, se destacava pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista. Seus contemporâneos diziam que ele era o pai de todos os que, de cara pintada e colarinho alto, sabiam fazer o povo rir.

COMO SURGIU O CIRCO

É praticamente impossível determinar uma data específica de quando ou como as práticas circenses começaram. Mas pode-se apostar que elas se iniciaram na China, onde foram encontradas pinturas de 5 000 anos, com figuras de acrobatas, contorcionistas e equilibristas. Esses movimentos faziam parte dos exercícios de treinamento dos guerreiros e, aos poucos, a esses movimentos foram acrescentadas a graça e a harmonia.
Conta-se ainda que no ano 108 a.C aconteceu uma enorme celebração para dar as boas-vindas a estrangeiros recém-chegados em terras chinesas. Na festa, houve demonstrações geniais de acrobacias. A partir de então, o imperador ordenou que sempre se realizassem eventos dessa ordem. Uma vez ao ano, pelo menos.
Também no Egito, há registros de pinturas de malabaristas. Na Índia, o contorcionismo e o salto são parte integrante dos espetáculos sagrados. Na Grécia, a contorção era uma modalidade olímpica, enquanto os sátiros já faziam o povo rir, numa espécie de precursão aos palhaços.

NO PALCO DA HISTÓRIA

Por volta do ano 70 a.C, surgiu o Circo Máximo de Roma, que um incêndio destruiu totalmente, causando grande comoção. Tempos depois, no ano 40 a.C, construíram no mesmo lugar o Coliseu, com capacidade para 87 mil pessoas. No local, havia apresentações de engolidores de fogo, gladiadores e espécies exóticas de animais.
Com a perseguição aos seguidores de Cristo, entre os anos 54 e 68 d.C, esses lugares passaram a ser usados para demonstrações de força: os cristãos eram lançados aos leões, para serem devorados diante do público.
Os artistas procuraram, então, as praças, feiras ou entradas de igrejas para apresentarem às pessoas seus malabarismos e mágicas.
Ainda na Europa do século XVIII, grupos de saltimbancos se exibiam na França, Espanha, Inglaterra, mostrando suas habilidades em simulações de combates e na equitação.

O CIRCO MODERNO

A estrutura do circo como o conhecemos hoje teve sua origem em Londres, na Inglaterra. Trata-se do Astley's Amphitheatre, inaugurado em 1770, pelo oficial inglês da Cavalaria Britânica, Philip Astley.
O anfiteatro tinha um picadeiro com uma arquibancada próxima e sua atração principal era um espetáculo com cavalos. O oficial percebeu, no entanto, que só aquela atração de cunho militar não segurava o público e passou a incrementá-la com saltimbancos, equilibristas e palhaços.
O palhaço do lugar era um soldado, que entrava montado ao contrário e fazia mil peripécias. O sucesso foi tanto, que adaptaram novas situações.
Era o próprio oficial Astley quem apresentava o show, vindo daí a figura do mestre de cerimônias

QUANDO O CIRCO CHEGOU AO BRASIL

No Brasil, a história do circo está muito ligada à trajetória dos ciganos em nossa terra, uma vez que, na Europa do século dezoito, eles eram perseguidos. Aqui, andando de cidade em cidade e mais à vontade em suas tendas, aproveitavam as festas religiosas para exibirem sua destreza com os cavalos e seu talento ilusionista.
Procuravam adaptar suas apresentações ao gosto do público de cada localidade e o que não agradava era imediatamente tirado do programa.
Mas o circo com suas características itinerantes aparece no Brasil no final do século XIX. Instalando-se nas periferias das cidades, visava às classes populares e tinha no palhaço o seu principal personagem. Do sucesso dessa figura dependia, geralmente, o sucesso do circo.
O palhaço brasileiro, por sua vez, adquiriu características próprias. Ao contrário do europeu, que se comunicava mais pela mímica, o brasileiro era falante, malandro, conquistador e possuía dons musicais: cantava ou tocava instrumentos.

CIRCO CONTEMPORÂNEO

Circo contemporâneo é o que se aprende na escola. Fenômeno conseqüente das mudanças de valores na sociedade e suas novas necessidades. Grande parte dos profissionais do circo mandaram seus filhos para a universidade, fazendo com que as novas gerações da lona trabalhem mais na administração.
Em fins dos anos 70, começam a aparecer as primeiras escolas de circo, no mundo inteiro. Na França, a primeira a surgir foi a Escola Nacional de Circo Annie Fratellini, em 1979, com o apoio do governo francês.
No Canadá, artistas performáticos têm aulas com ginastas e, em 1981, é criada uma escola de circo para atender à necessidade desses novos acrobatas.
Interessante lembrarmos, no entanto, que essa importância que o circo assume no mundo capitalista já era cultivada na ex-URSS, desde a década de 20. Data de 1921 a criação de uma escola de circo na União Soviética, que coloca o circo no patamar de arte, com inovação dos temas e das formas de apresentação.

ESCOLAS E GRUPOS BRASILEIROS

No Brasil, a primeira escola de circo foi criada em São Paulo, em 1977, com o nome de Piolin (que é também o nome de um grande palhaço brasileiro). Funcionava no estádio do Pacaembu.
No Rio de Janeiro, surge em 1982 a Escola Nacional de Circo, abrindo oportunidades para jovens de todas as classes e vindos de diferentes regiões do país. Eles aprendem as novas técnicas circenses e, uma vez formados, montam seus próprios grupos ou vão trabalhar no exterior.
São muitos os grupos espalhados pelo Brasil afora. Citamos a Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli e a Nau de Ícaros.

NOSSOS PALHAÇOS

Carequinha, "o palhaço mais conhecido do Brasil" - ele mesmo se intitula assim - diz que os melhores palhaços que ele conheceu na vida foram Piolin, Arrelia e Chicarrão. Essa notoriedade de George Savalla Gomes, seu verdadeiro nome, se deve muito à TV. Comandou programas de televisão, gravou vários discos, e soube tirar dessa mídia o melhor proveito. A TV, para ele, não acabou nem vai acabar nunca com o circo. Segundo Carequinha, o circo é imortal.
"Sou contra circo que tem animais. Não gosto. O circo comum, sem animais, agrada muito mais."
Carequinha
Denominado o "Rei dos Palhaços", o senhor Abelardo Pinto morreu em 1973 e era conhecido no meio circense e no Brasil como o palhaço Piolin (era magro feito um barbante e daí a origem do apelido). Como Carequinha, Piolin trabalhou em circo desde sempre. Admirado pela intelectualidade brasileira, participou ativamente de vários movimentos artísticos, entre eles, a Semana de Arte Moderna de 1922.
"O circo não tem futuro, mas nós, ligados a ele, temos que batalhar para essa instituição não perecer"
Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
DIA DO CIRCO

27 de Março

Dia do Circo
Alguns estudiosos afirmam que o circo surgiu na Antiguidade, na Grécia ou no Egito; alguns apontam a origem do circo na China, mais de 5000 anos atrás. Há inúmeras versões sobre a origem do circo, dissonantes ou não, elas concordam em um sentido: o propósito de entreter e até enganar seus espectadores, o que ocorreu em muitos casos.
A versão do circo como conhecemos - com picadeiro, lona, números com animais - é recente e foi criada pelo suboficial inglês Philip Astley, por volta de 1770, que montou um espetáculo eqüestre que contava com saltadores e palhaços.
Não entraremos no mérito da origem do Circo, procuraremos, portanto, apresentar alguns exemplos que mais se prolongaram como espetáculos circenses ao longo da história da humanidade.
O Coliseu de Roma, um anfiteatro reconstruído pelo imperador romano Júlio César, por volta dos anos 40 a.C., onde cabiam 87 mil espectadores, atraídos pelas mais variadas atrações, tais como: homens louros das regiões nórdicas, animais exóticos, engolidores de fogo, e posteriormente gladiadores que lutavam até a morte - a atração mais esperada pelo público do Coliseu.
A luta entre os gladiadores no Coliseu começou com o reinado de Nero (ano 54 a 68 da era cristã), era a instituição no Império Romano do chamado "panis et circense" (pão e circo), que tinha por objetivo dar ao povo comida e diversão, para que estes não clamassem por mudanças ou melhorias que poderiam abalar as bases do Império Romano.
As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
A arte acrobática na China, utilizada em um torneio chamado "A batalha contra Chi-hu" (Chi-hu equivalente a chefe de tribo), que consistia em um exercício de batalha, com participantes portando chifres nas cabeças, lançando-se uns contra os outros em grupo de dois ou três. Conhecido como o "jogo das cabeçadas" na era do imperador Wu, da dinastia Han (220-206 a. C.), transformou-se e passou a chamar-se Pai-Hsi (os cem espetáculos). A encenação evoluiu e tomou a forma de espetáculos anuais, conhecidos como o Festival da Primeira Lua. Que ganhou novos números com o passar do tempo.
No Brasil, "o maior espetáculo da Terra" tem origens tão diversas, quanto dissonantes; consenso mesmo só existe no fato de se admitir que houve uma chamada "Idade do Ouro", que segundo Omar Eliott, diretora da Escola Nacional de Circo no Rio de Janeiro durante o século XIX, os grandes circos estrangeiros vinham para cá aproveitando momentos econômicos favoráveis, como o ciclo da cana-de-açúcar, o "boom" da borracha e a ascensão do café, tomados como exemplos.
Os circos chegaram a ter entre seus espectadores, gente da nobreza e até mesmo imperadores.
Acredita-se que, com as constantes perseguições aos ciganos na Península Ibérica, muitos tenham chegado ao Brasil e entre suas atividades incluíam-se o adestramento de animais selvagens, o ilusionismo e as exibições com cavalos, conforme relata a pesquisadora Alice Viveiros de Castro, que afirma "sempre houve ligação dos ciganos com o circo".
Atualmente, a grande maioria dos circos não usa mais animais em seus espetáculos, passou a contar com números mais ousados, primando pela encenação e pela profissionalização de seus componentes, com objetivo de competir com cinemas, teatros e outras formas de entretenimento.
Fonte: www.brasilcultura.com.br