O “Criança Esperança” atende a mais 20 mil crianças e adolescentes em 75 projetos sociais. É uma parceira da Rede Globo com a Unesco que está mudando muitas vidas pelo Brasil.
“Trouxemos os livros para vocês viajarem na imaginação e criar várias coisas”, disse um professor.
A professora Elisa Luciane de Andrade teve a ideia de criar a biblioteca dando aulas na pastoral, quando percebeu que várias crianças se interessavam por livros, mas era necessário aumentar o interesse. “Comecei a usar a arte para chamar a atenção deles. Começava a fazer eu mesma livros de pano”, conta a professora.
O personagem principal dessas histórias é o livro. A biblioteca móvel tira o livro das prateleiras e traz para a vida do dia a dia das crianças nas 15 áreas atendidas pelo projeto. Na comunidade de Açaizal, na periferia de Santarém, as famílias são descendentes dos índios Munduruku.
A biblioteca se divide entre um terreno com chão de terra batida e uma sala dentro da escola municipal. Junto com o livro, vem a contação de histórias para estimular a imaginação. Dona Baratinha é professora e conta sua história, que depois é recontada com desenhos pelas crianças.
“A contação de história vem fazer com que a criança aguce e tenha o interesse, porque ela passa a perceber as coisas, passa a perceber o livro o qual ela vai ter o interesse depois”, afirma a professora Ana Valdina Nogueira.
O livro pode ser útil para quem quiser conhecer o mundo que vai além dos limites do Açaizal. “Acho bom nós aprendermos a ler. Quem sabe um dia nós saímos para fora e a pessoa pede para ler alguma coisa. Se não souber ler, é difícil”, diz um menino.
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