28-MAR-2011 | |
FOLHA DE S. PAULO O recreio das crianças inglesas não é só a hora de encontrar os colegas da escola. É também quando jogos tradicionais e ícones da era digital se encontram entre uma brincadeira e outra. É o que apontou o estudo "Children"s Playground Games and Songs in the New Media Age" (brincadeiras e cantigas infantis na nova era da mídia), lançado neste mês (www.bl.uk/playtimes). Desenvolvido pelas universidades de Londres, Sheffield e East London com a British Library, o projeto acompanhou, entre 2009 e 2011, o comportamento de alunos no recreio em duas escolas do ensino fundamental. "Jogos e cantigas continuam passando de geração em geração. Descobrimos, no entanto, que a mídia e as novas tecnologias têm influência crescente", afirma Jackie Marsh, da Universidade de Sheffield. A pesquisa apontou que as crianças acabam incorporando elementos da TV, da internet e dos videogames em suas brincadeiras. Assim, personagens de desenhos animados viram protagonistas no pega-pega e os programas de auditório são reproduzidos nos jogos de faz de conta, por exemplo. Segundo Marsh, o mais surpreendente é que a escola é "o único momento em que muitas crianças têm contato com brincadeiras e jogos tradicionais". (GR) |
Domingo de Circo
Toda tua chegada nessa radiosa manhã de domingo embandeirada de infância. Solene e festivo circo armado no terreno baldio do meu coração.
As piruetas do palhaço são malabaristas alegrias na vertigem de não saber o que faço.
Rugem feras em meu sangue; cortam-me espadas de fogo.
Motos loucas de globo da morte, rufar de tambores nas entranhas, anúncio espanholado de espetáculo, fazem de tua chegada minha sorte.
Domingo redondo aberto picadeiro, ensolarado por tão forte ardor, me refunde queima alucina:
olhos vendados,
sem rede sobre o chão,
atiro-me do trapézio
em teu amor.
Do livro A Arte de Semear Estrelas, de Frei Betto.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Crianças inglesas unem high-tech e tradição no recreio
Encontre cursos, aulas e professores em qualquer cidade do mundo
Está procurando por algum curso, aula ou professor na sua cidade? O site School of Everything vai ajudá-lo a encontrar o que quer que você esteja buscando, na área de educação. É possível se cadastrar como professor, organização ou membro comum (aluno) e trocar contatos com quem ofereça o que você procura.
Por meio do site, os visitantes podem encontrar professores e aulas em qualquer cidade do mundo todo. Basta fazer o cadastro, procurar a disciplina ou curso desejado e entrar no perfil de quem a está oferecendo. Ali você tem acesso a informações sobre o currículo e a formação do professor ou sobre o histórico da instituição de ensino.
Apesar de o School of Everything ser uma plataforma da web, seu objetivo final é o agendamento de aulas presenciais. Para que os usuários possam combinar esses encontros com o máximo de segurança, o site sugere uma série de precauções. Depois de considerar todos os cuidados necessários, basta seguir o passo a passo e aproveitar ao máximo todas as aulas e cursos que desejar.
Um voo virtual sobre os lugares mais incríveis do mundo
Imagine fazer um passeio aéreo por lugares como Dubai, Las Vegas e Rio de Janeiro sem gastar um centavo e sem sair de casa. Essa é a proposta do site AirPano, criado por entusiastas de fotos panorâmicas. O grupo russo decidiu se dedicar a tirar fotos aéreas em 360° dos lugares e cidades mais interessantes do globo.
Atualmente já são mais de 30 “passeios” disponíveis e nos próximos anos o projeto deve ser ampliado. Já estão entre a lista dos fotografados o Rio de Janeiro, Sidney, Las Vegas, Cape Town e Jerusalém, entre outros. As próximas localidades a serem clicadas devem ser Saint Petesburg, Chicago e o vulcão Eyjafjallajökull.
Como funciona?
Ao acessar a página o visitante escolhe numa lista, organizada por ordem alfabética, a cidade que deseja “sobrevoar”. Abre-se então uma nova janela com a visão aérea de um ponto representativo daquele lugar e é possível ainda aproximar, afastar, olhar para cima, para baixo e para todos os lados, como num vôo livre.
O grande diferencial do conteúdo oferecido pelo site é justamente a liberdade do olhar permitida pelo giro de 360°. Em alguns lugares como Nova York, por exemplo, o vôo de helicóptero pode ser realizado em diferentes bairros ou monumentos. À bordo do AirPano é possível ver de perto a Estátua da Liberdade, o Empire State Buiding e até o Cristo Redentor.
Lançado livro Inclusão Digital – Vivências Brasileiras, de Maurício Falavigna
Adotar o discurso e colocá-lo em prática é um dos nossos compromissos. Dessa forma, disponibilizamos para você, leitor, o livro Inclusão Digital – Vivências Brasileiras, de Maurício Falavigna. Na obra em questão nos são apresentadas, de uma forma leve e bastante elucidativa, a evolução das Oficinas para Inclusão Digital, o processo de implantação dos CRC’s – Centros de Recondicionamento de Computadores e a construção do ONID – Observatório Nacional de Inclusão Digital, culminando na criação do Programa TELECENTROS.BR, política pública de apoio ao tema.
A obra, enquadrada na Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, teve o patrocínio do Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social e foi executada pelo IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos.
Acesse, baixe e indique para sua rede de contatos.
Viva o conhecimento livre!
Boa leitura.
Equipe IPSO
A obra, enquadrada na Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, teve o patrocínio do Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social e foi executada pelo IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos.
Acesse, baixe e indique para sua rede de contatos.
Viva o conhecimento livre!
Boa leitura.
Equipe IPSO
domingo, 27 de março de 2011
Dia do Circo - 27 de março
Comemora-se o Dia do Circo em 27 de março, numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
Considerado por todos que o assistiram como um grande palhaço, se destacava pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista. Seus contemporâneos diziam que ele era o pai de todos os que, de cara pintada e colarinho alto, sabiam fazer o povo rir.
COMO SURGIU O CIRCO
É praticamente impossível determinar uma data específica de quando ou como as práticas circenses começaram. Mas pode-se apostar que elas se iniciaram na China, onde foram encontradas pinturas de 5 000 anos, com figuras de acrobatas, contorcionistas e equilibristas. Esses movimentos faziam parte dos exercícios de treinamento dos guerreiros e, aos poucos, a esses movimentos foram acrescentadas a graça e a harmonia.
Conta-se ainda que no ano 108 a.C aconteceu uma enorme celebração para dar as boas-vindas a estrangeiros recém-chegados em terras chinesas. Na festa, houve demonstrações geniais de acrobacias. A partir de então, o imperador ordenou que sempre se realizassem eventos dessa ordem. Uma vez ao ano, pelo menos.
Também no Egito, há registros de pinturas de malabaristas. Na Índia, o contorcionismo e o salto são parte integrante dos espetáculos sagrados. Na Grécia, a contorção era uma modalidade olímpica, enquanto os sátiros já faziam o povo rir, numa espécie de precursão aos palhaços.
NO PALCO DA HISTÓRIA
Por volta do ano 70 a.C, surgiu o Circo Máximo de Roma, que um incêndio destruiu totalmente, causando grande comoção. Tempos depois, no ano 40 a.C, construíram no mesmo lugar o Coliseu, com capacidade para 87 mil pessoas. No local, havia apresentações de engolidores de fogo, gladiadores e espécies exóticas de animais.
Com a perseguição aos seguidores de Cristo, entre os anos 54 e 68 d.C, esses lugares passaram a ser usados para demonstrações de força: os cristãos eram lançados aos leões, para serem devorados diante do público.
Os artistas procuraram, então, as praças, feiras ou entradas de igrejas para apresentarem às pessoas seus malabarismos e mágicas.
Ainda na Europa do século XVIII, grupos de saltimbancos se exibiam na França, Espanha, Inglaterra, mostrando suas habilidades em simulações de combates e na equitação.
O CIRCO MODERNO
A estrutura do circo como o conhecemos hoje teve sua origem em Londres, na Inglaterra. Trata-se do Astley's Amphitheatre, inaugurado em 1770, pelo oficial inglês da Cavalaria Britânica, Philip Astley.
O anfiteatro tinha um picadeiro com uma arquibancada próxima e sua atração principal era um espetáculo com cavalos. O oficial percebeu, no entanto, que só aquela atração de cunho militar não segurava o público e passou a incrementá-la com saltimbancos, equilibristas e palhaços.
O palhaço do lugar era um soldado, que entrava montado ao contrário e fazia mil peripécias. O sucesso foi tanto, que adaptaram novas situações.
Era o próprio oficial Astley quem apresentava o show, vindo daí a figura do mestre de cerimônias
QUANDO O CIRCO CHEGOU AO BRASIL
No Brasil, a história do circo está muito ligada à trajetória dos ciganos em nossa terra, uma vez que, na Europa do século dezoito, eles eram perseguidos. Aqui, andando de cidade em cidade e mais à vontade em suas tendas, aproveitavam as festas religiosas para exibirem sua destreza com os cavalos e seu talento ilusionista.
Procuravam adaptar suas apresentações ao gosto do público de cada localidade e o que não agradava era imediatamente tirado do programa.
Mas o circo com suas características itinerantes aparece no Brasil no final do século XIX. Instalando-se nas periferias das cidades, visava às classes populares e tinha no palhaço o seu principal personagem. Do sucesso dessa figura dependia, geralmente, o sucesso do circo.
O palhaço brasileiro, por sua vez, adquiriu características próprias. Ao contrário do europeu, que se comunicava mais pela mímica, o brasileiro era falante, malandro, conquistador e possuía dons musicais: cantava ou tocava instrumentos.
CIRCO CONTEMPORÂNEO
Circo contemporâneo é o que se aprende na escola. Fenômeno conseqüente das mudanças de valores na sociedade e suas novas necessidades. Grande parte dos profissionais do circo mandaram seus filhos para a universidade, fazendo com que as novas gerações da lona trabalhem mais na administração.
Em fins dos anos 70, começam a aparecer as primeiras escolas de circo, no mundo inteiro. Na França, a primeira a surgir foi a Escola Nacional de Circo Annie Fratellini, em 1979, com o apoio do governo francês.
No Canadá, artistas performáticos têm aulas com ginastas e, em 1981, é criada uma escola de circo para atender à necessidade desses novos acrobatas.
Interessante lembrarmos, no entanto, que essa importância que o circo assume no mundo capitalista já era cultivada na ex-URSS, desde a década de 20. Data de 1921 a criação de uma escola de circo na União Soviética, que coloca o circo no patamar de arte, com inovação dos temas e das formas de apresentação.
ESCOLAS E GRUPOS BRASILEIROS
No Brasil, a primeira escola de circo foi criada em São Paulo, em 1977, com o nome de Piolin (que é também o nome de um grande palhaço brasileiro). Funcionava no estádio do Pacaembu.
No Rio de Janeiro, surge em 1982 a Escola Nacional de Circo, abrindo oportunidades para jovens de todas as classes e vindos de diferentes regiões do país. Eles aprendem as novas técnicas circenses e, uma vez formados, montam seus próprios grupos ou vão trabalhar no exterior.
São muitos os grupos espalhados pelo Brasil afora. Citamos a Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli e a Nau de Ícaros.
NOSSOS PALHAÇOS
Carequinha, "o palhaço mais conhecido do Brasil" - ele mesmo se intitula assim - diz que os melhores palhaços que ele conheceu na vida foram Piolin, Arrelia e Chicarrão. Essa notoriedade de George Savalla Gomes, seu verdadeiro nome, se deve muito à TV. Comandou programas de televisão, gravou vários discos, e soube tirar dessa mídia o melhor proveito. A TV, para ele, não acabou nem vai acabar nunca com o circo. Segundo Carequinha, o circo é imortal.
"Sou contra circo que tem animais. Não gosto. O circo comum, sem animais, agrada muito mais."
Carequinha
Carequinha
Denominado o "Rei dos Palhaços", o senhor Abelardo Pinto morreu em 1973 e era conhecido no meio circense e no Brasil como o palhaço Piolin (era magro feito um barbante e daí a origem do apelido). Como Carequinha, Piolin trabalhou em circo desde sempre. Admirado pela intelectualidade brasileira, participou ativamente de vários movimentos artísticos, entre eles, a Semana de Arte Moderna de 1922.
"O circo não tem futuro, mas nós, ligados a ele, temos que batalhar para essa instituição não perecer"
Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer
Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
DIA DO CIRCO
27 de Março
Alguns estudiosos afirmam que o circo surgiu na Antiguidade, na Grécia ou no Egito; alguns apontam a origem do circo na China, mais de 5000 anos atrás. Há inúmeras versões sobre a origem do circo, dissonantes ou não, elas concordam em um sentido: o propósito de entreter e até enganar seus espectadores, o que ocorreu em muitos casos.
A versão do circo como conhecemos - com picadeiro, lona, números com animais - é recente e foi criada pelo suboficial inglês Philip Astley, por volta de 1770, que montou um espetáculo eqüestre que contava com saltadores e palhaços.
Não entraremos no mérito da origem do Circo, procuraremos, portanto, apresentar alguns exemplos que mais se prolongaram como espetáculos circenses ao longo da história da humanidade.
O Coliseu de Roma, um anfiteatro reconstruído pelo imperador romano Júlio César, por volta dos anos 40 a.C., onde cabiam 87 mil espectadores, atraídos pelas mais variadas atrações, tais como: homens louros das regiões nórdicas, animais exóticos, engolidores de fogo, e posteriormente gladiadores que lutavam até a morte - a atração mais esperada pelo público do Coliseu.
A luta entre os gladiadores no Coliseu começou com o reinado de Nero (ano 54 a 68 da era cristã), era a instituição no Império Romano do chamado "panis et circense" (pão e circo), que tinha por objetivo dar ao povo comida e diversão, para que estes não clamassem por mudanças ou melhorias que poderiam abalar as bases do Império Romano.
As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
A arte acrobática na China, utilizada em um torneio chamado "A batalha contra Chi-hu" (Chi-hu equivalente a chefe de tribo), que consistia em um exercício de batalha, com participantes portando chifres nas cabeças, lançando-se uns contra os outros em grupo de dois ou três. Conhecido como o "jogo das cabeçadas" na era do imperador Wu, da dinastia Han (220-206 a. C.), transformou-se e passou a chamar-se Pai-Hsi (os cem espetáculos). A encenação evoluiu e tomou a forma de espetáculos anuais, conhecidos como o Festival da Primeira Lua. Que ganhou novos números com o passar do tempo.
No Brasil, "o maior espetáculo da Terra" tem origens tão diversas, quanto dissonantes; consenso mesmo só existe no fato de se admitir que houve uma chamada "Idade do Ouro", que segundo Omar Eliott, diretora da Escola Nacional de Circo no Rio de Janeiro durante o século XIX, os grandes circos estrangeiros vinham para cá aproveitando momentos econômicos favoráveis, como o ciclo da cana-de-açúcar, o "boom" da borracha e a ascensão do café, tomados como exemplos.
Os circos chegaram a ter entre seus espectadores, gente da nobreza e até mesmo imperadores.
Acredita-se que, com as constantes perseguições aos ciganos na Península Ibérica, muitos tenham chegado ao Brasil e entre suas atividades incluíam-se o adestramento de animais selvagens, o ilusionismo e as exibições com cavalos, conforme relata a pesquisadora Alice Viveiros de Castro, que afirma "sempre houve ligação dos ciganos com o circo".
Atualmente, a grande maioria dos circos não usa mais animais em seus espetáculos, passou a contar com números mais ousados, primando pela encenação e pela profissionalização de seus componentes, com objetivo de competir com cinemas, teatros e outras formas de entretenimento.
Fonte: www.brasilcultura.com.br
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